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Caça-estádios: a busca pelo estádio mais pitoresco da Noruega

por Fernanda de Lima

Belezas incríveis, vistas inimagináveis e um estádio de tirar o fôlego no meio do nada: bem-vindos a Noruega

O que vem a sua mente quando ouve o nome “Noruega”? “Vikings”, “gelo”, “frio”, “muito frio”. É, essas são certamente as primeiras coisas que vêm a mente de muita gente que ouve o nome do país nórdico tema de tantas séries sobre deuses e reis e documentários que retratam paisagens exuberantes e inexploradas. Pensar na Noruega e não pensar em “O Mundo Visto de Cima”* é quase impossível.

Mas essa visão de um país completamente isolado num frio torrencial começa a mudar quando nos deparamos com uma outra realidade, talvez a única que deixe países tão diferentes, como Noruega e Brasil, muito mais próximos. É claro que estamos falando do futebol, uma língua global.

“Sim, nós amamos a Noruega” não é o hino do país à toa. Eleito o país mais pacífico do mundo (Índice Global da Paz, 2007), o melhor país do mundo para se viver (Organização das Nações Unidas – ONU, 2009) e o país mais feliz do mundo (ONU, 2017), o Reino da Noruega tem o Rei Haroldo V como Chefe de Estado. O nome do país, segundo etimologistas, significa “Caminho para o Norte”. E ao contrário do senso comum, o inverno não perdura o ano inteiro, apesar de ser longo e rigoroso. O verão é bem ameno, com temperaturas que jamais ultrapassaram os 35.6ºC, recorde registrado na cidade de Nesbyen, a 1350 km da cidade-alvo da caça ao estádio mais pitoresco da Noruega.

O nome não é fácil de falar e nem o lugar de chegar. É no arquipélago de Lofoten que está localizada a pequena vila de pescadores de Henningsvær e, nela, um dos estádios mais impressionantes do mundo, ao menos em seu cenário exuberante. O estádio de Henningsvær não tem arquibancadas e só sedia partidas de futebol amador da população local que está estimada em somente 500 habitantes. Mas mesmo que seja rara a oportunidade de assistir a um jogo de verdade por lá, ainda vale muito a pena visitar o estádio e, você mesmo, quem sabe, bater uma bolinha. Com este cenário, somente contemplar a vista já é uma experiência para se levar para a vida. Se você ainda não ficou convencido, as imagens a seguir comprovam que o estádio de Henningsvær é mesmo de tirar o fôlego:

Mas, como chegar a essa remota vila no Norte da Noruega e o que fazer além de visitar o estádio? Desde a Primavera 2017 deslocar-se até Lofoten ficou um pouco mais fácil. A  ilha tem dois aeroportos, Leknes e Svolvær, que passaram a receber voos diretos de Oslo, o maior aeroporto do país. No entanto, a companhia aérea Widerøe, responsável pelo trajeto, não opera estes voos diariamente e, quando realizados, são sempre pela manhã. Estes dois fatores tornam uma conexão direta para turistas internacionais bastante improvável, obrigando-os a encarar um voo a mais na caçada. Quem vem de fora da Noruega e quer chegar a Lofoten precisa pegar um voo operado pela mesma Widerøe de Oslo até Bodø, para, enfim, embarcar em direção ao arquipélago. Dessa forma, o roteiro para Lofoten acaba quase sempre com o trajeto País de origem – Oslo – Bodø – Leknes/Svolvær.

É bom lembrar que os tíquetes de voo pela Widerøe devem ser adquiridos pela própria companhia, já que nenhuma outra atua diretamente com a empresa norueguesa para realizar conexões.

Seria um pecado chegar a Lofoten e seguir diretamente para a vila de Henningsvær, afinal, o arquipélago é formado por 68 ilhas e atrações que possivelmente não poderão ser vistas em outras partes do mundo. As ilhas são conhecidas pela pesca, responsável pela maior parte da movimentação econômica da região, natureza exuberante, as chamadas luzes do norte e o sol da meia-noite. Cercada pelas águas turbulentas do Mar da Noruega, Lofoten tem vista para montanhas majestosas, fiordes profundos, colônias de aves marinhas e praias tomadas pelo surf. Por sinal, a paisagem diversificada é um prato cheio para quem gosta de esportes de aventura. Esquiar, fazer rafting e mergulhar estão entre as atividades mais praticadas em Lofoten.

Quem preferir um programa mais light, também estará bem servido no arquipélago. O Museu Lofotr Viking leva o visitante de volta para a Era Viking, tão enraizada na cultura norueguesa. É na aldeia de Borg que está a maior casa viking já encontrada por arqueólogos, que foi reconstruída como o museu. As belezas naturais de Lofoten foram – e ainda são – inspiração para muitos artistas que retrataram a área em seus quadros por décadas. Até mesmo por essa razão, o arquipélago é recheado de galerias e exposições de arte.

Se o frio é uma preocupação para você, pode ficar tranquilo. Graças ao calor da Corrente marítima do Golfo, Lofoten possui um clima bem mais ameno do que o restante da Noruega. Entre o final de maio e meados de julho, você pode presenciar o sol da meia-noite. E entre setembro e meados de abril, as luzes do norte.

Confira imagens das luzes do norte no inverno de Lofoten:

*programa da Globosat que mostra diferentes regiões de tomadas áreas.

 

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