Ilha de Santo Aleixo: um paraíso ainda desconhecido no Brasil
A Ilha de Santo Aleixo não estava no meu roteiro quando fui a Pernambuco em busca de alguns estádios. Para falar a verdade, eu nem sabia de sua existência até uma amiga mencionar “a praia mais bonita que já foi na vida” em uma conversa por WhatsApp.
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Eu fui à Ilha de Santo Aleixo no caminho de volta de Arcoverde a Recife, após visitar o estádio Áureo Bradley. A ilha fica localizada no litoral Sul de Pernambuco, no município de Sirinhaém, a 77 km da capital. E deixa eu contar…? É um paraíso na Terra! O lugar é mais uma comprovação de que o Brasil, em termos de belezas naturais, não perde para nenhum outro lugar do mundo. Talvez fiquemos atrás mesmo no quesito marketeiro, porque, a Ilha de Santo Aleixo, por exemplo, ainda não é muito conhecida entre os próprios brasileiros, ou pior: nem pelos próprios pernambucanos. Quando eu mencionei a vários deles que estava indo para lá, a maioria sequer sabia de sua existência.
A ilha é uma propriedade privada e para chegar ao local é preciso fazer a travessia de lancha em Barra de Sirinhaém,
um lugar bem bacana em que acontece um encontro do rio com o mar. Eu fiz essa travessia pela Monteiro’s Tour porque foi a primeira empresa que encontrei e não estava afim de ficar rodando muito e correr o risco de perder o último horário de saída da lancha (10h30).
Eu já havia pesquisado o preço antes de chegar a Sirinhaém e todos seguiam praticamente o mesmo padrão. Como estávamos em cinco, choramos um desconto e a travessia saiu por R$ 50 por pessoa (fevereiro/2018), mas o valor comercializado é de R$ 60 tanto pelo site quanto no local. Achei um preço justo por ser um lugar remoto e também pela assistência que eles oferecem. Além de um guia e uma assistente nos acompanhar durante todo o passeio (que dura de 4 a 5 horas), a estrutura montada pela agência na ilha disponibiliza guarda-sóis e cadeiras e tour por todo o local. Ah! E os guias
não ficam em cima, todo mundo fica bem à vontade para ir para onde quiser. A parte que você tem de botar a mão no bolso não é nada exorbitante – comparada, por exemplo, à Praia dos Carneiros que achei caríssima. A agência aluga snorkels por R$ 15 o dia e serve almoço por R$ 130 (para quatro pessoas, mas que serve facilmente 6 ou 7). Na volta, a sede da agência disponibiliza chuveiros de água doce para banho. E tanto na ilha quanto na cidade, a agência aceita cartões de crédito e débito (amém!).
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A saída para a ilha tem três horários (9h30, 10h e 10h30) mas depende das condições da maré. Eu tive de esperar uns 40 minutos para a maré encher e a lancha conseguir atravessar para Santo Aleixo. Mas depois de embarcar, o trajeto é rapidinho, coisa de 15 minutos. Para retornar à Barra Sirinhaém, a Monteiro’s tem quatro horários (14h30, 15h, 15h30, 16h).
Eu tô escrevendo esse post com uma vontade enooooorme de voltar. Sério! Acho que esse é um lugar que eu voltaria 10, mil, um milhão de vezes! Não é só todo o paraíso, nem só o preço justo, nem as águas incrivelmente mornas, mas é a sensação de pertencimento, de estar num cantinho do mundo tão maravilhoso e tão simples ao mesmo tempo. Quer dizer, ser simples, para mim, é bem maravilhoso… Eu lembro exatamente da sensação ao me sentar na cadeira de praia em frente a águas de uma cor incrivelmente linda e pensar: “obrigada, Deus”. Um sonho de lugar.
O William, o motorista da lancha, e guia da Monteiro’s na ilha é uma figuraça. Se você tiver medo na lancha, ele vai tirar sarro disso, vai tripudiar em cima e fazer você rir para caramba – só ainda não sei se de nervoso haha. Durante o tour, ele conta um pouco da história de Santo Aleixo que foi descoberta por espanhóis em 1527 e ocupada por eles mesmos, mas também por portugueses, franceses e holandeses. Outra querida é a Janine, a responsável pelo nosso receptivo no dia. O tempo todo ela reforçou o uso do protetor solar, não só pelas razões óbvias, mas também porque a ilha de Santo Aleixo fica numa região vulcânica, o que faz com que a intensidade dos raios solares seja bem maior.
Onde fica?
Como eu disse, o acesso a Santo Aleixo se dá por Barra de Sirinhaém. Se você vier direto do Recife, são 77 km. Se estiver em Porto de Galinhas, são apenas 20 km.
O que você vai encontrar na ilha
Uma abundância em belezas naturais. É basicamente isso que você vai encontrar em Santo Aleixo.
Nada de estrutura de quiosques ou aquelas de resorts, com comércio, restaurantes ou qualquer outra coisa que lembre praias de rota turística. Ao contrário disso, a ilha conta com algumas poucas cadeiras de praia e guarda-sóis, um serviço de comida e bebida discreto,
que se integra à exuberância do lugar e você mal nota que está ali, alguns stand ups e caiaques para alugar e uma vista de encher os olhos.
Dicas para aproveitar melhor a ilha
Leve seus pertences em uma bolsa impermeável ou embale bem, porque no trajeto de lancha até a ilha, a água espirra muito e não tem como não chegar lá molhado. Passe protetor solar! E repasse! E repasse! Mesmo em dias nublados.
Leve um tênis para fazer as trilhas, de chinelo fica bem ruim e perigoso em alguns pontos (tá! Eu fui de chinelo, mas não faça isso). No mais, explore, explore, explore e aceite as dicas de fotografia do guia! Ele conhece os melhores ângulos para você levar na bagagem memórias incríveis desse lugar. Sei lá, tô apaixonada. Pela ilha, não pelo guia haha.
Distância dos estádios
Ilha de Santo Aleixo —> Arena Pernambuco: 84 km
Ilha de Santo Aleixo —> Arruda: 80 km
Ilha de Santo Aleixo —> Ilha do Retiro: 75 km